Pular para o conteúdo principal

Amazônia em Chamas


Os incêndios na Amazônia em agosto queimaram 29.944 km² do bioma, o equivalente a 4,2 milhões de campos de futebol, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais).


O território queimado é mais de quatro vezes maior do que o registrado em agosto de 2018, quando foram queimados 6.048 km². Ao todo, a Amazônia tem 5,5 milhões de km², sendo 4,19 milhões de km² em nove estados brasileiros. A área medida é a maior desde 2010, quando a região sofria com uma seca intensa e teve 43.187 km² queimados


Um dado que chama a atenção é que, além de registrar mais incêndios, eles foram maiores neste ano. Em média, cada foco registrado queimou uma área de de 800 m². Em 2018, essa média foi de 580 m². Em agosto deste ano, foram 30.901 focos registrados pelo Inpe.


O mês de agosto respondeu por 63% do total de área queimada no bioma no ano, que já soma 43.573 km² atingidos. Apesar de ainda estarmos iniciando o nono mês do ano, o total queimado até agora neste ano já supera os 43.171 km² destruídos pelo fogo em todo 2018


Historicamente, por característica climática, o mês de setembro é o que registra mais queimadas. Nos dois primeiros dias do ano, o Inpe já indicou 1.514 focos na Amazônia, 56% do total registrado nos primeiros dois dias do mês.


Segundo especialistas ,o ano de 2019 está mais seco, mas longe dos níveis registrados em 2010, quando tivemos o recorde de queimadas do bioma na década.


Os municípios mais desmatados são aqueles que registram maior número de focos de incêndio. As dez cidades com mais focos são responsáveis por 37% das queimadas em 2019 e por 43% do desmatamento registrado até o mês de julho.O destaque ficou para Altamira, no Pará, que registra até quase 3.000 focos de calor no ano.


A diretora de ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Ane Alencar, explica que o aumento no número de queimadas só pode ser explicado pela alta no desmatamento, já que não houve qualquer evento climático extremo que justifique essa situação.




Felipe Werneck/Ibama

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sabões, detergentes e seus impactos no meio ambiente

Você já se perguntou o que acontece com a espuma do detergente que vai para o ralo depois que você lava a louça?  Diariamente, sabões, detergentes e os mais variados produtos de higiene usados nas residências e indústrias atingem o sistema de esgotos e, sem o devido tratamento, acabam indo parar em rios e lagos. Lá, causam diversos efeitos nos corpos hídricos e na vida aquática. Primeiramente, é preciso entender qual é a constituição dos sabões e detergentes. Ambos possuem substâncias denominadas  tensoativas,  ou seja, diminuem a tensão formada entre dois líquidos. Assim, elementos como a água e o óleo perdem a capacidade de se manterem separados. Não é à toa que costumamos usar os produtos para limpeza em geral. Os detergentes possuem outros compostos para melhorar o poder de limpeza, como os agentes  sequestrantes e quelantes , que também causam impactos ao meio ambiente. Para o produto ter atratividade e resistir longos períodos na prateleira do supermercado...

O QUE É LICENCIAMENTO AMBIENTAL ?

É o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental. O licenciamento é um dos instrumentos de gestão ambiental estabelecido pela lei Federal n.º 6938, de 31/08/81, também conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente. Em 1997, a Resolução nº 237 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente definiu as competências da União, Estados e Municípios e determinou que o licenciamento deverá ser sempre feito em um único nível de competência. No licenciamento ambiental são avaliados impactos causados pelo empreendimento, tais como: seu potencial ou sua capacidade de gerar líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosõ...

Projeto de Conservação do Mico-leão-da-cara-preta completa um ano com registros inéditos da espécie

O Projeto de Conservação do Mico-leão-da-cara-preta completa um ano de atuação nas Unidades de Conservação do Parque Estadual de Cananéia (SP) e do Parque Nacional de Superagui (PR). Em tempo de celebrar a data, imagens inéditas dos micos foram obtidas por meio de uma câmera escondida, na Unidade de Conservação paulista. O destaque nos novos registros é a presença dos pequenos filhotes nas costas da mãe e, em seguida, seu desenvolvimento, mostrando como se tornaram mais fortes, se alimentando sozinhos. Elenise Sipinski, coordenadora do projeto, explica que o período de reprodução é sempre muito crítico para a conservação das espécies, pois os filhotes estão mais vulneráveis. “Neste ano, além das já conhecidas ameaças, precisamos monitorar como os animais se comportam diante dos surtos de febre amarela no estado de São Paulo”, relata. O projeto foi idealizado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) para contribuir com a proteção da espécie, implement...