BNDES terá mais recursos para recuperação de resíduos sólidos
Publicado em 02/08/2020 - 17:19 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) receberá R$ 350 milhões do Programa Fundo Clima, por meio do Ministério do Meio Ambiente. De acordo com o banco, o dinheiro será aplicado, prioritariamente, em investimentos em saneamento e recuperação de resíduos sólidos.
O Programa Fundo Clima, que já destinou R$ 790 milhões a projetos que ajudam a preservar o ambiente, foi criado para aplicar a parcela de recursos reembolsáveis do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.
“O objetivo, este ano, é a melhoria da qualidade de vida da população urbana, com foco na urbanização, no meio ambiente e nas condições sanitárias”, indicou o BNDES.
Segundo o banco, os recursos são usados na a implantação de empreendimentos, a aquisição de máquinas e equipamentos e o desenvolvimento tecnológico relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa, como também, à adaptação às mudanças do clima e aos seus efeitos.
O BNDES informou que cada projeto pode receber financiamentos concedidos pela instituição no valor máximo de R$ 30 milhões a cada 12 meses. Entre os projetos que já tiveram apoio do Fundo Clima estão o desenvolvimento do VLT do Rio de Janeiro, a Geração de Energia no Aterro de Caeiros, em São Paulo, e o financiamento para implantação de painéis solares para mais de 800 pessoas físicas e microempresas.
Para o BNDES, a universalização do saneamento no Brasil é prioridade. Dados do banco indicam que 100 milhões de pessoas não possuem coleta de esgoto em suas casas e 35 milhões não têm sequer água tratada. Nesse momento, o BNDES estrutura oito projetos de concessões estaduais e municipais que vão atender 25 milhões de brasileiros e somar mais de R$ 55 bilhões em investimentos. “A expectativa é que, após a aprovação do novo marco regulatório, novos Estados contratem o banco”, estimou.
Conforme o BNDES, o Programa Fundo Clima é formado por nove subprogramas: Mobilidade Urbana, Cidades Sustentáveis e Mudança do Clima, Máquinas e Equipamentos Eficientes, Energias Renováveis, Resíduos Sólidos, Carvão Vegetal, Florestas Nativas, Gestão e Serviços de Carbono, e Projetos Inovadores. Todo ano, o Comitê gestor tem que aprovar a proposta orçamentária e o Plano Anual de Aplicação de Recursos (PAAR). Ao término de cada ano, precisa fazer relatórios sobre a aplicação do dinheiro.
Edição: Aline Leal
A Política Nacional de. ResíduosSólidos (PNRS), também conhecida como Lei nº 12.305/10, busca organizar e regular a forma com que o país lida com os resíduos. Ela exige transparência de setores públicos e privados no que diz respeito ao gerenciamento desse lixo. Esta política propõe a prática de hábitos sustentáveis de consumo, além de incentivar a reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos sólidos, bem como a destinação ambientalmente adequada dos dejetos e até o fim dos lixões.
Infelizmente, a lei continua enfrentando desafios no aproveitamento e a recuperação dos materiais descartados e eliminação das práticas de destinação inadequada que levam impactos negativos à saúde de milhões de brasileiros.
Os produtos que passam por processos industriais são o principal destaque entre os principais resíduos sólidos, pois, são justamente os materiais feitos de metal, papel e plástico os maiores vilões do meio ambiente. No entanto, existe uma variedade de resíduos sólidos previstos em lei que precisam ser pensados de forma consciente.
Faz-se necessária então, uma visão sistêmica na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública. É preciso que todos os envolvidos na responsabilidade em manter o patrimônio ambiental de onde vivemos sejam reeducados e conscientizados sobre a importância da redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta.
E quem são os responsáveis envolvidos?
Agentes Responsáveis pela eficácia da Lei de Resíduos Sólidos
A resposta para a pergunta feita anteriormente é: Todos nós.
Portanto, governos, empresas e cidadãos precisam assumir suas responsabilidades com o lixo e tratá-lo de forma correta para que o impacto sobre o meio ambiente e a saúde das pessoas seja menor.
Dessa forma, entende-se o cumprimento da lei por parte de pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.
Precisamos ficar atentos a essa responsabilidade compartilhada. De acordo com a Seção II Art.30. da Lei nº 12.305/10, sobre Responsabilidade Compartilhada:
“É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições e procedimentos previstos...”
Todos os cidadãos junto aos esforços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios precisam trabalhar em harmonia para que possamos ter um mundo mais limpo, sustentável e saudável no futuro.
O próximo capítulo da série sobre Resíduos Sólidos abordará formas de colaborar com a PNRS. Mas, antecipamos aqui, a título de curiosidade, uma reprodução dos principais artigos sobre as responsabilidades dos geradores de resíduos e do poder público, perante a lei. Veja abaixo:
01/09/2019 - Bombeiros tentam extinguir fogo em aterro de resíduos sólidos que já dura 2 dias no Acre
O Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC) tenta extinguir, há mais de 48h, um incêndio que atinge o aterro de resíduos sólidos na Estrada Transacreana, em Rio Branco.
O trabalho de combate começou na sexta-feira (30), mas o fogo continua.
O assessor de comunicação dos Bombeiros, major Cláudio Falcão, informou ao G1, neste domingo (1º), que a profundidade do aterro é um dos fatores que acabam dificultando para que ocorra a extinção das chamas.
"A grande problemática não é a extensão dele na horizontal. É na vertical porque os nossos equipamentos não alcançam onde está a origem", disse.
De acordo com o major, é um trabalho demorado, que requer tempo e muito equipamento.
Além disso, outra dificuldade encontrada no local, segundo explica o major, são os resíduos despejados que facilitam a proliferação do fogo.
"São toneladas de material em decomposição. Esse material emite gases que alimentam muito a questão do fogo. Independente desse material ser orgânico ou não ele vai entrando em processo de decomposição e esse processo gera o desprendimento de gases. Isso aí é que dificulta muito o trabalho dos bombeiros", explica.
A ação dos bombeiros é feita com a ajuda caminhões-pipas usados no controle das chamas. O aterro é o mesmo que foi atingido por um incêndio em julho do ano passado que durou mais de 50 dias.
Ainda conforme informou o major, houve um controle do fogo.
"Controlado, porém não extinto. Nós estamos lá desde o início do incêndio, na sexta-feira, e estamos lá permanentemente controlando. As características do incêndio são as mesas do ano passado", pontuou.
07/12/2018 - PROJETO DÁ CRÉDITOS NO BILHETE ÚNICO E UBER PARA QUEM RECICLAR LIXO.
Por: Hypeness
Mais um motivo para você cuidar do lixo e andar de transporte alternativo ou público. O projeto Molécoola, vai trocar lixo reciclável por créditos no Bilhete Único e viagens no Uber.
A iniciativa está em vigor desde 2017 e possui cinco pontos de troca em São Paulo. Em um contêiner, um funcionário recebe os materiais recicláveis e na sequência o volume é pesado para gerar pontos cumulativos, registrados por meio de um aplicativo de celular do cliente. O app pode ser baixado para Android e IOS.
Você pode optar por pontos de troca variados, como o do Parque Burle Marx, na zona sul da cidade. E além de trocar créditos de mobilidade, dá pra utilizar a pontuação para adquirir cartões-presente no Google Play e na loja online de games da Microsoft ou canudos de metal.
A iniciativa está em vigor desde 2017 e possui cinco pontos de troca em São Paulo. Em um contêiner, um funcionário recebe os materiais recicláveis e na sequência o volume é pesado para gerar pontos cumulativos, registrados por meio de um aplicativo de celular do cliente. O app pode ser baixado para Android e IOS.
Você pode optar por pontos de troca variados, como o do Parque Burle Marx, na zona sul da cidade. E além de trocar créditos de mobilidade, dá pra utilizar a pontuação para adquirir cartões-presente no Google Play e na loja online de games da Microsoft ou canudos de metal.
09/05/2018-Fibras plásticas estão presentes na água que o mundo inteiro bebe, inclusive, o Brasil
Se há resíduos plásticos nos oceanos, rios, lagos e no estômago de animais marinhos, será que este lixotambém não contamina a água que bebemos? Com esta pergunta em mente, a organização e plataforma digital de jornalismo Orb Media decidiu fazer o primeiro estudo científico internacional para descobrir se a água que sai de nossas torneiras contêm partículas plásticas.
O resultado, divulgado no artigo Invisibles – The plastic inside us (Invisíveis – o plástico dentro de nós, em português), revela que em 83% das amostras de água de torneiras analisadas, em dezenas de países ao redor do planeta, apresentavam fibras de plástico.
Nos Estados Unidos, este porcentual foi ainda mais alto: 94%. Na Europa, o estudo apontou que 72% das amostras possuíam micropartículas de plástico. A pedido do jornal Folha de São Paulo, a Orb Media também avaliou a água das torneiras brasileiras Das dez amostras, nove continham fibras.
Apesar dos brasileiros não beberem água da pia, muitos usam a mesma para colocar em seus filtros e certamente, para cozinhar alimentos. Ou seja, de Nova York a São Paulo, de Paris a Nova Deli, estamos todos tomando água com fibras de plástico. O estudo da Orb media constatou, inclusive, a presença de partículas plásticas em três amostras de água engarrafada.
E qual o impacto disso para a saúde humana? Pesquisas indicam que micropartículas plásticas absorvem substâncias químicas tóxicas ligadas ao câncer e outras doenças, que acabam sendo liberadas no organismo de animais que ingerem estes resíduos. Agora, cientistas terão que estudar se o mesmo acontece com o ser humano.
Especialistas consultados pela Orb Media afirmam que, não há dúvida, as fibras plásticas estão presentes também em nossa comida: papinhas de bebê, massas, sopas e molhos, sejam eles preparados em casa ou comprados prontos no supermercado.
“Os produtos químicos do plástico fazem parte da nossa dieta diária. Acreditamos que a garrafa de água mineral, o pote de plástico seguro para microondas ou o copo de isopor com o café quente está protegendo nossos alimentos e bebidas. Em vez de atuar como uma barreira completamente inerte, esses plásticos estão “quebrando” e liberando em nossa dieta e corpo produtos químicos, incluindo plastificantes que interferem com o funcionmaneto do sistema endócrino, como BPA ou ftalatos, retardadores de chama e até mesmo, metais pesados tóxicos que são todos absorvidos em nossas dietas e corpos”, alerta Scott Belcher, professor da North Carolina State University.
Se há resíduos plásticos nos oceanos, rios, lagos e no estômago de animais marinhos, será que este lixotambém não contamina a água que bebemos? Com esta pergunta em mente, a organização e plataforma digital de jornalismo Orb Media decidiu fazer o primeiro estudo científico internacional para descobrir se a água que sai de nossas torneiras contêm partículas plásticas.
O resultado, divulgado no artigo Invisibles – The plastic inside us (Invisíveis – o plástico dentro de nós, em português), revela que em 83% das amostras de água de torneiras analisadas, em dezenas de países ao redor do planeta, apresentavam fibras de plástico.
Nos Estados Unidos, este porcentual foi ainda mais alto: 94%. Na Europa, o estudo apontou que 72% das amostras possuíam micropartículas de plástico. A pedido do jornal Folha de São Paulo, a Orb Media também avaliou a água das torneiras brasileiras Das dez amostras, nove continham fibras.
Apesar dos brasileiros não beberem água da pia, muitos usam a mesma para colocar em seus filtros e certamente, para cozinhar alimentos. Ou seja, de Nova York a São Paulo, de Paris a Nova Deli, estamos todos tomando água com fibras de plástico. O estudo da Orb media constatou, inclusive, a presença de partículas plásticas em três amostras de água engarrafada.
E qual o impacto disso para a saúde humana? Pesquisas indicam que micropartículas plásticas absorvem substâncias químicas tóxicas ligadas ao câncer e outras doenças, que acabam sendo liberadas no organismo de animais que ingerem estes resíduos. Agora, cientistas terão que estudar se o mesmo acontece com o ser humano.
Especialistas consultados pela Orb Media afirmam que, não há dúvida, as fibras plásticas estão presentes também em nossa comida: papinhas de bebê, massas, sopas e molhos, sejam eles preparados em casa ou comprados prontos no supermercado.
“Os produtos químicos do plástico fazem parte da nossa dieta diária. Acreditamos que a garrafa de água mineral, o pote de plástico seguro para microondas ou o copo de isopor com o café quente está protegendo nossos alimentos e bebidas. Em vez de atuar como uma barreira completamente inerte, esses plásticos estão “quebrando” e liberando em nossa dieta e corpo produtos químicos, incluindo plastificantes que interferem com o funcionmaneto do sistema endócrino, como BPA ou ftalatos, retardadores de chama e até mesmo, metais pesados tóxicos que são todos absorvidos em nossas dietas e corpos”, alerta Scott Belcher, professor da North Carolina State University.
Fibras por todos os lados
Uma das principais invenções da humanidade, o plástico é um material que revolucionou a indústria. Leve, barato e prático, ele está em tudo. O grande problema é que ele tomou o lugar de outras matérias-primas, muito mais fáceis de serem recicladas e de decomposição mais acelerada, como o papel e o vidro.
Infelizmente, é impossível reciclar o volume de plástico fabricado diariamente no planeta. Produzimos mais plástico na última década do que no século passado inteiro. Com isso, montanhas de lixo se acumulam em aterrros sanitários ou acabam indo parar nos oceanos. Estima-se que há aproximadamente 5,2 trilhões de resíduos de plástico boiando pelos mares.
O estudo conduzido pela Orb Media também tentou descobrir de onde surgem estas fibras plásticas invisíveis. As principais possibilidades estão abaixo:
– Roupas sintéticas de acrílico, poliester e fleece: ao serem lavadas, elas liberam na água milhões de fibras plásticas. Estima-se que um milhão de toneladas sejam jogadas na água por ano, contaminando o meio ambiente;
– Borracha de pneus: a cada 100 km rodados, pneus de carros e caminhões soltam 20 gramas de poeira de borracha. Dispersadas no ar e no solo, acaba indo parar em bueiros, depois em rios, lagos e oceanos;
– Tinta: micropartículas de tinta (que têm plástico em sua composição) se desprendem diariamente de casas, sinalizações de rua e navios;
– Lixo plástico: toneladas de sacolas, talheres e canudos de plástico são encontrados nos oceanos, transformando-se em micropartículas, ingeridas por peixes, tartarugas, aves e outros animais marinhos (e consequentemente, pelo ser humano, que se alimenta de frutos do mar);
– Micropartículas plásticas: as minúsculas esferas, menores do que a ponta de um alfinetes, são utilizadas em produtos cosméticos, como cremes e sabonetes esfoliantes, pastas de dente e esmaltes. Estados Unidos, Canadá e Reino Unidos já proibiram a indústria de usá-las.
Uma das principais invenções da humanidade, o plástico é um material que revolucionou a indústria. Leve, barato e prático, ele está em tudo. O grande problema é que ele tomou o lugar de outras matérias-primas, muito mais fáceis de serem recicladas e de decomposição mais acelerada, como o papel e o vidro.
Infelizmente, é impossível reciclar o volume de plástico fabricado diariamente no planeta. Produzimos mais plástico na última década do que no século passado inteiro. Com isso, montanhas de lixo se acumulam em aterrros sanitários ou acabam indo parar nos oceanos. Estima-se que há aproximadamente 5,2 trilhões de resíduos de plástico boiando pelos mares.
O estudo conduzido pela Orb Media também tentou descobrir de onde surgem estas fibras plásticas invisíveis. As principais possibilidades estão abaixo:
– Roupas sintéticas de acrílico, poliester e fleece: ao serem lavadas, elas liberam na água milhões de fibras plásticas. Estima-se que um milhão de toneladas sejam jogadas na água por ano, contaminando o meio ambiente;
– Borracha de pneus: a cada 100 km rodados, pneus de carros e caminhões soltam 20 gramas de poeira de borracha. Dispersadas no ar e no solo, acaba indo parar em bueiros, depois em rios, lagos e oceanos;
– Tinta: micropartículas de tinta (que têm plástico em sua composição) se desprendem diariamente de casas, sinalizações de rua e navios;
– Lixo plástico: toneladas de sacolas, talheres e canudos de plástico são encontrados nos oceanos, transformando-se em micropartículas, ingeridas por peixes, tartarugas, aves e outros animais marinhos (e consequentemente, pelo ser humano, que se alimenta de frutos do mar);
– Micropartículas plásticas: as minúsculas esferas, menores do que a ponta de um alfinetes, são utilizadas em produtos cosméticos, como cremes e sabonetes esfoliantes, pastas de dente e esmaltes. Estados Unidos, Canadá e Reino Unidos já proibiram a indústria de usá-las.
Qual a solução?
Ao final, o artigo Invisibles – The plastic inside us (Invisíveis – o plástico dentro de nós) aponta que a única maneira de diminuirmos a contaminação da água, solo e ar por partículas plásticas é repensando a maneira como usamos o plástico. A pesquisa cita, por exemplo, a transformação de lixo orgânico e resíduos plásticos em gás e combustível líquido, processo este que já acontece em muitos países.
Outra saída é estimular a implantação da chamada economia circular, em que indústria e varejo ficam responsáveis pelo reúso e reabsorção de embalagens.
Por último, o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções, algumas delas já em andamento, pode ser a resposta para deixarmos de usar tanto plástico no planeta, antes que este, vire o “planeta plástico”.
Ao final, o artigo Invisibles – The plastic inside us (Invisíveis – o plástico dentro de nós) aponta que a única maneira de diminuirmos a contaminação da água, solo e ar por partículas plásticas é repensando a maneira como usamos o plástico. A pesquisa cita, por exemplo, a transformação de lixo orgânico e resíduos plásticos em gás e combustível líquido, processo este que já acontece em muitos países.
Outra saída é estimular a implantação da chamada economia circular, em que indústria e varejo ficam responsáveis pelo reúso e reabsorção de embalagens.
Por último, o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções, algumas delas já em andamento, pode ser a resposta para deixarmos de usar tanto plástico no planeta, antes que este, vire o “planeta plástico”.
04/05/2018- Ibama multa aterros sanitários da PB em mais de R$ 221 mil após fiscalizações
Ao todo, R$ 221.500 em multas foram estabelecidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nesta segunda (23) e terça-feira (24), durante fiscalizações de aterros sanitários em João Pessoa e Campina Grande. O órgão verificou irregularidades no cadastro técnico e riscos ambientais.
O aterro de João Pessoa foi notificado e recebeu dois autos de infração pela ausência de informações corretas no cadastro técnico federal, além do despejo de resíduos em local não autorizado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). O valor total das multas foi de R$ 160.750.
O G1 tentou entrar em contato com a administração do aterro, mas as ligações não foram atendidas.
No local, que atende a Região Metropolitana da capital, também foram observados catadores trabalhando em situações insalubres. Foi flagrada a chegada de um caminhão, que traz dos supermercados alimentos que não servem mais para o consumo e depositam no aterro. Os trabalhadores retiram tudo que podem aproveitar e levam para a mesa de casa ou cozinham no próprio aterro.
O Ministério Público do Trabalho na Paraíba informou que, embora não tenha recebido nenhuma denúncia de situações irregulares, instaurou um procedimento para investigar o caso, com base nas informações de uma reportagem feita pela TV Cabo Branco.
De acordo com o Ibama, a empresa responsável pelo aterro de Campina Grande, localizado no Sítio Logradouro, foi autuada por fornecer informações enganosas no cadastro técnico, como também foi notificada para comprovar o “cumprimento de condicionantes do licenciamento ambiental”, em um prazo de dez dias. O valor da multa foi de R$ 60.750.
O engenheiro e responsável técnico pelo aterro, João de Azevedo Freire, afirmou a Ecosolo vai recorrer do valor da multa. No entanto, conforme informou, “a multa não se deveu à operação incorreta do aterro, mas meramente a uma questão burocrática”. O G1 tentou entrar em contato com a Prefeitura de Campina Grande, mas as ligações não foram atendidas.
Segundo o chefe da divisão técnica do instituto, Geandro Guerreiro, a ação foi realizada de forma coordenada em todo o país, nas grandes cidades de cada estado. Conforme afirmou, o município de Patos, no Sertão paraibano, também tem um aterro que não foi fiscalizado, por já ter sido autuado pela Sudema e por haver uma sentença judicial determinando que a Prefeitura regularize a situação.
O chefe da divisão técnica também destacou que, apesar das irregularidades encontradas, considera a situação do estado como positiva, uma vez que a maioria dos municípios está em processo de regularização.
27/04/2018- Projeto brasileiro que transforma madeira descartada em móveis ganha “Oscar” do design
Felizmente, o mundo está investindo cada vez mais em reciclagem e isso não se dá apenas no âmbito do lixo diário que nós produzimos, mas também com a madeira descartada muitas vezes de forma incorreta.
É o que mostra a recente premiação do iF Design Awards, que entregou o prêmio de melhor impacto social para um projeto entre a prefeitura da cidade de Santos, litoral de São Paulo, com o Club Design Litoral Paulista, chamado de Encontros Criativos.
O prêmio, tido como o “Oscar do design” escolheu o projeto pelo alto impacto social que ele tem, já que ele se destaca por reaproveitar produtos de madeira descartada de forma incorreta. Em apenas um ano de projeto, eles já reciclaram mais de uma tonelada de madeira.
Além do projeto ser altamente sustentável, ele capacita jovens e estudantes a entrarem em um mercado de trabalho promissor
Funciona assim: a matéria-prima é recolhida das ruas, pelo serviço municipal da cidade de Santos, também conhecido como Cata Treco e depois levado até a EcoFábrica Criativa, onde é selecionado, limpo e organizado por tipo de madeira. Depois disso, o pessoal do Club Design começa a desenhar os móveis, que serão desenvolvidos pelos alunos da EcoFábrica. Os designers e arquitetos acompanham de perto todo o processo e os móveis prontos são apresentados ao público em uma exposição aberta.
Mercado de trabalho
E o melhor de tudo é que o material não vendido vai para outras lojas parceiras e o dinheiro ganho volta para a EcoFábrica para que eles possam continuar investindo no projeto. Além do mais, toda a produção é feita com instrumentos simples de serem manuseados, o que permite uma maior assimilação por parte dos estudantes, que também conhecem profissionais do ramo, podendo depois começar a trabalhar nesta área.
Ou seja, além do projeto ser altamente sustentável, ele capacita jovens e estudantes a entrarem em um mercado de trabalho promissor. O idealizador do projeto é Alvaro Guillermo, arquiteto, designer e pesquisador e afirma que o projeto tem a ver com a alma brasileira: “Este é um projeto com alma, a alma brasileira de quem junta pedaços e faz algo novo e criativo. Trabalhamos a matéria descartada, desconsiderada e incorreta; e, com ela, criamos algo de valor”.
A definição do júri que premiou o projeto não poderia ser melhor: “Tem sustentabilidade no seu DNA. Madeira desperdiçada é transformada por cidadãos desprivilegiados em produtos que podem ser vendidos. Criativo e bem pensado!”.
O aterro de João Pessoa foi notificado e recebeu dois autos de infração pela ausência de informações corretas no cadastro técnico federal, além do despejo de resíduos em local não autorizado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). O valor total das multas foi de R$ 160.750.
O G1 tentou entrar em contato com a administração do aterro, mas as ligações não foram atendidas.
No local, que atende a Região Metropolitana da capital, também foram observados catadores trabalhando em situações insalubres. Foi flagrada a chegada de um caminhão, que traz dos supermercados alimentos que não servem mais para o consumo e depositam no aterro. Os trabalhadores retiram tudo que podem aproveitar e levam para a mesa de casa ou cozinham no próprio aterro.
O Ministério Público do Trabalho na Paraíba informou que, embora não tenha recebido nenhuma denúncia de situações irregulares, instaurou um procedimento para investigar o caso, com base nas informações de uma reportagem feita pela TV Cabo Branco.
De acordo com o Ibama, a empresa responsável pelo aterro de Campina Grande, localizado no Sítio Logradouro, foi autuada por fornecer informações enganosas no cadastro técnico, como também foi notificada para comprovar o “cumprimento de condicionantes do licenciamento ambiental”, em um prazo de dez dias. O valor da multa foi de R$ 60.750.
O engenheiro e responsável técnico pelo aterro, João de Azevedo Freire, afirmou a Ecosolo vai recorrer do valor da multa. No entanto, conforme informou, “a multa não se deveu à operação incorreta do aterro, mas meramente a uma questão burocrática”. O G1 tentou entrar em contato com a Prefeitura de Campina Grande, mas as ligações não foram atendidas.
Segundo o chefe da divisão técnica do instituto, Geandro Guerreiro, a ação foi realizada de forma coordenada em todo o país, nas grandes cidades de cada estado. Conforme afirmou, o município de Patos, no Sertão paraibano, também tem um aterro que não foi fiscalizado, por já ter sido autuado pela Sudema e por haver uma sentença judicial determinando que a Prefeitura regularize a situação.
O chefe da divisão técnica também destacou que, apesar das irregularidades encontradas, considera a situação do estado como positiva, uma vez que a maioria dos municípios está em processo de regularização.
27/04/2018- Projeto brasileiro que transforma madeira descartada em móveis ganha “Oscar” do design
Felizmente, o mundo está investindo cada vez mais em reciclagem e isso não se dá apenas no âmbito do lixo diário que nós produzimos, mas também com a madeira descartada muitas vezes de forma incorreta.
É o que mostra a recente premiação do iF Design Awards, que entregou o prêmio de melhor impacto social para um projeto entre a prefeitura da cidade de Santos, litoral de São Paulo, com o Club Design Litoral Paulista, chamado de Encontros Criativos.
O prêmio, tido como o “Oscar do design” escolheu o projeto pelo alto impacto social que ele tem, já que ele se destaca por reaproveitar produtos de madeira descartada de forma incorreta. Em apenas um ano de projeto, eles já reciclaram mais de uma tonelada de madeira.
Além do projeto ser altamente sustentável, ele capacita jovens e estudantes a entrarem em um mercado de trabalho promissor
Funciona assim: a matéria-prima é recolhida das ruas, pelo serviço municipal da cidade de Santos, também conhecido como Cata Treco e depois levado até a EcoFábrica Criativa, onde é selecionado, limpo e organizado por tipo de madeira. Depois disso, o pessoal do Club Design começa a desenhar os móveis, que serão desenvolvidos pelos alunos da EcoFábrica. Os designers e arquitetos acompanham de perto todo o processo e os móveis prontos são apresentados ao público em uma exposição aberta.
Mercado de trabalho
E o melhor de tudo é que o material não vendido vai para outras lojas parceiras e o dinheiro ganho volta para a EcoFábrica para que eles possam continuar investindo no projeto. Além do mais, toda a produção é feita com instrumentos simples de serem manuseados, o que permite uma maior assimilação por parte dos estudantes, que também conhecem profissionais do ramo, podendo depois começar a trabalhar nesta área.
Ou seja, além do projeto ser altamente sustentável, ele capacita jovens e estudantes a entrarem em um mercado de trabalho promissor. O idealizador do projeto é Alvaro Guillermo, arquiteto, designer e pesquisador e afirma que o projeto tem a ver com a alma brasileira: “Este é um projeto com alma, a alma brasileira de quem junta pedaços e faz algo novo e criativo. Trabalhamos a matéria descartada, desconsiderada e incorreta; e, com ela, criamos algo de valor”.
A definição do júri que premiou o projeto não poderia ser melhor: “Tem sustentabilidade no seu DNA. Madeira desperdiçada é transformada por cidadãos desprivilegiados em produtos que podem ser vendidos. Criativo e bem pensado!”.
Via Razões Para Acreditar, com informações da Revista Casa e Jardim
26/04/2018- Como separar os resíduos para a reciclagem
Se cada brasileiro encaminhar uma latinha para a reciclagem, a economia de energia elétrica da produção de novas latinhas a partir desse material (ao invés de matéria-prima bruta) equivaleria ao consumo de quase 220 mil residências por um mês
Há uma série de benefícios associados a reciclagem de materiais e, às vezes, não nos damos conta do impacto que pequenas ações podem ter.
Por exemplo, uma latinha de alumínio reciclada, além de não exigir a extração de matéria prima bruta e os impactos associados, permite economizar 95% da energia que seria gasta para fazer a mesma latinha a partir do minério de alumínio extraído da natureza.
Se cada brasileiro encaminhar uma latinha para a reciclagem, a economia de energia elétrica da produção de novas latinhas a partir desse material (ao invés de matéria-prima bruta) equivaleria ao consumo de quase 220 mil residências por um mês.
Assim, é importante separar corretamente os seus resíduos para que sejam encaminhados e tratados mais facilmente nas cooperativas de reciclagem.
25/04/2018- Projeto já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio.
26/04/2018- Como separar os resíduos para a reciclagem
Se cada brasileiro encaminhar uma latinha para a reciclagem, a economia de energia elétrica da produção de novas latinhas a partir desse material (ao invés de matéria-prima bruta) equivaleria ao consumo de quase 220 mil residências por um mês
Há uma série de benefícios associados a reciclagem de materiais e, às vezes, não nos damos conta do impacto que pequenas ações podem ter.
Por exemplo, uma latinha de alumínio reciclada, além de não exigir a extração de matéria prima bruta e os impactos associados, permite economizar 95% da energia que seria gasta para fazer a mesma latinha a partir do minério de alumínio extraído da natureza.
Se cada brasileiro encaminhar uma latinha para a reciclagem, a economia de energia elétrica da produção de novas latinhas a partir desse material (ao invés de matéria-prima bruta) equivaleria ao consumo de quase 220 mil residências por um mês.
Assim, é importante separar corretamente os seus resíduos para que sejam encaminhados e tratados mais facilmente nas cooperativas de reciclagem.
PAPÉIS
Podem ser reciclados:
- Papéis de escritório, usados para escrever e/ou imprimir, podem ser destinados para a reciclagem. Exemplos: papéis de caderno, jornais, revistas, panfletos
- Cartões e cartolinas, caixas de papelão
- Papéis de embalagem, de embrulho de presentes
- Papel de seda
Não podem ser reciclados:
- Papéis sanitários (papel higiênico e lencinhos de papel, por exemplo.)
- Papéis sujos, engordurados ou contaminados com substâncias nocivas à saúde
- Papéis encerados, com substâncias impermeáveis, e revestidos com silicone ou parafina
- Papel vegetal
- Papéis de cupom fiscal, comprovante de cartão de crédito/débito, extrato bancário
- Papel fotográfico/fotografia
- Fitas e etiquetas adesivas
- Os papéis recobertos com outro tipo de material, como o plástico (papéis plastificados) ou alumínio (papéis laminados) – muito comuns em embalagens, como as de alimentos – são de difícil reaproveitamento, portanto são também considerados não-recicláveis.[Para saber os postos de coleta mais próximos da sua casa, consulte a ferramenta da eCycle]
PLÁSTICOS
Podem ser reciclados:
- Embalagens e tampas de xampus, detergentes, garrafas pet e outros produtos de uso doméstico*
- Embalagens plásticas de alimentos (caixinha plástica de ovos, por exemplo)
- Utensílios plásticos como canetas esferográficas (sem o reservatório da tinta), escovas de dentes, baldes, artigos de cozinha, copos etc.
- Sacolas
- Isopor
- Canos e tubos de PVC
- Embalagens PET
- Filmes plásticos
- Acrílico
Não podem ser reciclados:
- Plástico tipo celofane
- Embalagens plásticas metalizadas, como de alguns salgadinhos
- Plásticos termofixos, usados na indústria eletro-eletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos (a melhor forma de descarte é procurar um ponto de coleta do fabricante)[Para saber os postos de coleta mais próximos da sua casa, consulte a ferramenta da eCycle]
VIDRO
Podem ser reciclados:
- Garrafas de bebidas
- Frascos em geral (molhos, condimentos, remédios, perfumes, produtos de limpeza)
- Cacos de qualquer dos produtos acima
Não podem ser reciclados:
- Espelhos
- Vidros de janelas*
- Vidros de automóveis*
- Tubos de televisão e válvulas*
- Ampolas de medicamentos. Atenção, os medicamentos não devem ser descartados no lixo comum, pois podem contaminar o meio ambiente e prejudicar a saúde da população. Procure um posto de coleta especial.
- Cristal* Vidros temperados não podem ser reciclados, por exigir aditivos que não podem ser reprocessados em sua fabricação. Entenda melhor o que são aqui.
Exigem descarte especializado:
- Lâmpadas: exigem um descarte especializado. As lâmpadas eletrônicas contém mercúrio, que é tóxico, por isso não deve ser encaminhadas para o lixo comum. [Para saber os postos de coleta mais próximos da sua casa, consulte a ferramenta da eCycle]
METAIS:
Podem ser reciclados:
- Latas de óleo, sardinha, creme de leite, feitas com aço revestido com estanho (folha-de-flandres)
- Alumínio: latas de refrigerantes, cerveja, chás, tampa do iogurte, folhas de alumínio
- Ferragens
- Arame
- Fio de cobre
- Panela sem cabo
- Embalagem do marmitex
Não pode ser reciclado:
- Esponja de aço
- Lata de aerosol
- Lata de tinta
- Lata de verniz
- Exigem descarte especializado:
- Pilhas e baterias
(Via Instituto Akatu)
25/04/2018- Projeto já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos em dois anos no Rio.
Ao perceber que muitas pessoas se incomodavam com o resíduo orgânico e buscavam uma solução para dar o destino correto na hora do descarte, idealizador do ‘Ciclo Orgânico’ começou a oferecer o serviço de coleta e compostagem desse material.
Só na cidade do Rio de Janeiro, o orgânico representa pouco mais da metade de todos os resíduos produzidos. Iniciativa amplia ação em prol de um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, mais especificamente o que busca assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
Confira nesse vídeo especial do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas é assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis – o objetivo 12 entre os 17 que precisarão ser cumpridos até o prazo máximo de 2030 por todos os 193 países da ONU.
Para alcançar essa meta, um caminho a ser seguido é a diminuição da geração de resíduos por meio da prevenção, reciclagem e reúso.
Muitas vezes, a reciclagem é associada a materiais como plástico, papel, metal e vidro. No entanto, o que muitas pessoas ainda desconhecem é que o resíduo orgânico – constituído principalmente de restos de alimentos – também pode ser reciclado e transformado em adubo orgânico por meio de um processo chamado compostagem.
Uma iniciativa de compostagem que vem conquistando moradores da cidade do Rio de Janeiro é o ‘Ciclo Orgânico’, idealizado pelo engenheiro ambiental Lucas Chiabi.
Ao perceber que muitas pessoas, assim como ele, se incomodavam com o resíduo orgânico e buscavam uma solução para dar o destino correto na hora do descarte, Lucas começou a oferecer o serviço de coleta e compostagem desse material.
“Muita gente acha que o orgânico não é reciclável porque a compostagem é pouco difundida e não é tão comum quanto a reciclagem dos outros materiais. Quando a pessoa percebe a quantidade de resíduos que ela gerou, começa a se dar conta de que resíduo era esse e de como ela consome”, conta Lucas ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
Ele acrescenta que, na cidade do Rio de Janeiro, o orgânico representa pouco mais da metade dos resíduos produzidos.
O cliente do Ciclo recebe um pequeno balde com capacidade de 10 litros e um saco plástico biodegradável – feito de milho e batata – para depositar o resíduo orgânico, que é recolhido semanalmente e transportado de bicicleta para o ponto onde é feita a compostagem.
Atualmente, o processo acontece no Parque do Martelo, no Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro. Lucas utiliza o local e, em contrapartida, metade do adubo fica para a associação de moradores que faz a gestão do espaço.
No final do mês, os usuários do Ciclo Orgânico recebem um e-mail informando a quantidade de resíduo que foi descartada, a quantidade de adubo que foi produzida e a quantidade de emissões de CO2 que foram evitadas. Isso acaba gerando uma reflexão sobre o que é consumido e um entendimento de que o resíduo orgânico tem valor e pode ser aproveitado.
“O consumo também modifica, porque agora sabendo o que é ‘compostável’ ou não, eu escolho a embalagem. Tudo que eu não reciclo vai para o lixão e a gente começa a tomar consciência disso”, diz Elizah Rodrigues, usuária do serviço de compostagem.
Em apenas dois anos e meio, o projeto – que envolve 650 famílias e 26 estabelecimentos comerciais e escolas – já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos.
O participante tem o direito a escolher entre receber uma mudinha de tempero ou o composto orgânico. Ou, então, doar sua recompensa para hortas comunitárias na localidade como a do Parque do Martelo.
O projeto atende, por enquanto, na zona sul, Barra da Tijuca e Centro do Rio de Janeiro, mas aqueles que não moram nessas áreas podem levar seu balde até um dos postos de coleta.
Acesse o site do Ciclo Orgânico clicando aqui, e o Facebook clicando aqui.
Existem outras iniciativas como a do ‘Ciclo Orgânico’ espalhadas pelo Brasil, como a Re-ciclo, em Porto Alegre (RS); a Brotei, em Florianópolis (SC); e a Ecobalde, em Campo Grande (MS).
Saiba mais sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 12.
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