O período mais importante do ano para muita gente está batendo à porta. Nos dias 5 e 12 de novembro, milhões de estudantes farão o Enem, que dá acesso a boa parte das universidades do país. Se você está preocupado com a quantidade de conteúdo que precisa revisar, separamos as recomendações de professores de alguns dos melhores colégios e cursinhos para você se preparar bem na reta final.
Veja, abaixo, nossas dicas para Ciências da Natureza e suas Tecnologias, prova que será aplicada no dia 12 de novembro, e engloba as disciplinas de física, química e biologia.
FÍSICA
Consultoria:
Ennio Alberto Filho, do Colégio Pitágoras Cidade Jardim
Fred Stevano, do Colégio Franciscano Pio XII
Temas que mais caem |
Energia, transformações e conservação |
Mecânica, estudos dos movimentos e aplicações das leis de Newton |
Ondulatória, equação fundamental, fenômenos ondulatórios, ondas sonoras |
Eletricidade, circuitos elétricos, potência consumida e energia |
Termologia, calorimetria, leis da Termodinâmica |
Óptica, fenômenos ópticos, refração da luz |
Hidrostática |
Como são as questões
A prova de física preza por questões bastante contextualizadas. “Não é solicitado calcular apenas a corrente e a voltagem num circuito elétrico comum, mas as características de um disjuntor que deverá ser adquirido por uma pessoa ao montar circuito numa casa em certas condições. Em outras palavras, sempre existe um propósito ao se calcular o valor de uma dada grandeza física”, explica o professor Ennio Alberto Filho. A prova também é “longa e cansativa, composta por enunciados longos e muita leitura de gráficos e tabelas”, explica Fred Stevano. A dica é analisar as questões cuidadosamente, sublinhando as informações relevantes (que já podem ajudar a responder as mais fáceis), e não se ater muito tempo nas mais complexas, deixando-as para o final.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
O professor Ennio recomenda que se faça revisões por meio de mapas conceituais, “que ajudam a ter uma compreensão mais global dos conteúdos e de seus conceitos e equações essenciais. Tente reforçar os conteúdos dos capítulos estudados há mais tempo, sem esquecer dos temas mais frequentes”. Além disso, é fundamental “refazer ao menos as três últimas provas para aprimorar sua concentração”, explica o professor Fred. “É bom também para perceber como se desenvolve o raciocínio lógico das questões, além de testar o condicionamento físico para a prova”, diz.
As apostas para o exame deste ano são em processos eletromagnéticos, envolvendo geração de energia elétrica (Lei de Faraday), além de ênfase em Leis de Newton. Além disso, uma boa aposta são as questões que envolvam o aniversário de 30 anos do desastre de Chernobyl – o que favorece temas interdisciplinares entre física, química, história e geografia.
QUÍMICA
Consultoria: prof. João Homero do Amaral, do Colégio Franciscano Pio XII
Consultoria: prof. João Homero do Amaral, do Colégio Franciscano Pio XII
Temas que mais caem |
Cálculo estequiométrico |
Equilíbrio químico |
Soluções |
Química orgânica (funções e reações) |
Eletroquímica |
Como são as questões
Segundo o professor João Homero, as questões de química apresentam enunciados longos, com informações nem sempre relevantes. “Comece lendo a pergunta, assim, quando for ler o enunciado, já saberá previamente qual tipo de dado será mais importante na resolução”, diz. “Algumas vezes o aluno é capaz de resolver a questão apenas com seu conhecimento prévio, ou seja, sem precisar de referências do texto inicial”, completa.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
Procure revisar pontos ainda não muito claros e treinar os assuntos que mais são cobrados. “Nessa altura, vale treinar estequiometria, que são tradicionalmente onde os alunos têm os piores desempenhos e se configuram como as mais difíceis”, diz o professor. Nas últimas edições, também, o Enem vem priorizando domínio do conteúdo, portanto é fundamental que o aluno esteja bem familiarizado com conceitos como entalipia, oxidação, redução, energia de ativação, carbono quiral, etc. “Dominar minimamente a formulação e nomenclatura inorgânica e orgânica também se faz necessário”, acrescenta.
Entre as apostas para este ano, estão aspectos ligados ao meio ambiente (que podem fazer um link com biologia e geografia), como chuva ácida, aquecimento global, diminuição da camada de ozônio. Outro bom palpite é o Acordo de Paris, firmado na Cúpula do Clima da ONU (COP-21) em 2015.
BIOLOGIA
Consultoria: prof. Renato Deutner, do Colégio Franciscano Pio XII
Temas que mais caem |
Ecologia |
Biotecnologia e genética molecular |
Fisiologia humana e animal |
Citologia |
Evolução e origem da vida |
Conservação de alimentos, tipos de nutrientes e vitaminas, diferenças entre a reprodução sexuada e assexuada, primeira lei de Mendel e heredogramas, mitose e meiose, grupos animais, verminoses, AIDS, dengue, efeitos do álcool no organismo, primeiros socorros, osmose, malária, tipos sanguíneos, controle de temperatura do corpo.
Como são as questões
Comumente, envolvem os conceitos básicos, mesclando com interpretação de gráficos, tabelas e cladogramas. “As questões pedem associações entre sustentabilidade e desenvolvimento, saúde e hábitos saudáveis, impacto das novas tecnologias no cotidiano”, diz o professor Renato. A dica é avaliar bem as alternativas, em que a certa pode ser encontrada por exclusão.
Como estudar na reta final e apostas para o exame
Treinar com as questões dos exames anteriores é a recomendação fundamental, especialmente para treinar a leitura e interpretação dos enunciados típicos da prova. Para ter uma noção melhor, o professor recomenda atenção às habilidades cobradas no edital de Ciências da Natureza:
– Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
– Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.
– Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e (ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
– Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos.
– Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
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