A cratera oceânica mais profunda de todo o planeta, localizada no oeste do Pacífico, é também um depósito de lixo plástico. É o que revela um novo relatório da ONU Meio Ambiente, que lança luz sobre a poluição em águas profundas. Agência das Nações Unidas mostra que garrafas, embalagens e outros descartáveis já percorreram quilômetros rumo ao fundo do mar.
A cratera oceânica mais profunda de todo o planeta é também um depósito de lixo plástico. É o que revela um novo relatório da ONU Meio Ambiente, que lança luz sobre a poluição em águas profundas. Agência das Nações Unidas mostra que garrafas, embalagens e outros descartáveis já percorreram quilômetros rumo ao fundo do mar.
A 10.898 metros da superfície, uma sacola plástica foi identificada boiando nas Fossas das Marianas, no oeste do Pacífico, o trecho mais fundo de nossos oceanos. O achado é uma das descobertas do estudo “A pegada humana no abismo: registros de 30 anos de detritos plásticos em regiões abissais”, divulgado neste mês (6).
Pesquisadores da ONU Meio Ambiente se debruçaram sobre mais de 30 anos de fotografias e vídeos coletados e armazenados pelo Centro de Detritos das Regiões Abissais, mantido pelo Centro Global de Dados Oceanográficos do Japão.
Feitas com o uso de submarinos e de veículos remotamente controlados, as imagens apontam que os plásticos são uma constante mesmo nesses ecossistemas remotos.
Em 5.010 mergulhos feitos pelos submarinos, mais de 3 mil artefatos de origem humana — incluindo plástico, metal, borracha e equipamento de pesca — foram contabilizados. Mais de um terço desses resíduos era macro-plástico. Desse volume, 89% eram produtos descartáveis. Em regiões abaixo dos seis quilômetros de profundidade, mais da metade dos detritos era lixo plástico — quase todos eram itens de uso único.
O relatório alerta para a necessidade de transformar hábitos diários, cujas consequências incluem a poluição da natureza, mesmo quando essa natureza está bem distante das cadeias de produção e consumo de plástico.
Nas regiões abissais, o plástico pode perdurar por milhares de anos e ameaçar a vida marinha. Os ecossistemas das águas profundas são considerados altamente endêmicos, com espécies que são encontradas apenas nessas partes do mundo.
Segundo a ONU Meio Ambiente, há uma preocupação cada vez maior com o impacto da exploração de recursos biológicos e não biológicos sobre a flora e a fauna dessas zonas submersas. Práticas nocivas incluem a pesca de arrasto, a mineração e também atividades do setor de infraestrutura.
Para reduzir a poluição por plástico das fossas e fendas oceânicas, a solução é diminuir a produção desse tipo de resíduo. A agência das Nações Unidas defende o estabelecimento de uma rede de monitoramento global para compartilhar os dados limitados sobre a poluição plástica nessas regiões. Pesquisas de avaliação de impacto também devem ser prioridade para áreas ecológica e biologicamente importantes e que já têm altas concentrações de lixo plástico.
Outra medida é o uso de modelos de circulação oceânica para identificar como o plástico viaja da terra e da superfície para as regiões abissais.
A cratera oceânica mais profunda de todo o planeta é também um depósito de lixo plástico. É o que revela um novo relatório da ONU Meio Ambiente, que lança luz sobre a poluição em águas profundas. Agência das Nações Unidas mostra que garrafas, embalagens e outros descartáveis já percorreram quilômetros rumo ao fundo do mar.
A 10.898 metros da superfície, uma sacola plástica foi identificada boiando nas Fossas das Marianas, no oeste do Pacífico, o trecho mais fundo de nossos oceanos. O achado é uma das descobertas do estudo “A pegada humana no abismo: registros de 30 anos de detritos plásticos em regiões abissais”, divulgado neste mês (6).
Pesquisadores da ONU Meio Ambiente se debruçaram sobre mais de 30 anos de fotografias e vídeos coletados e armazenados pelo Centro de Detritos das Regiões Abissais, mantido pelo Centro Global de Dados Oceanográficos do Japão.
Feitas com o uso de submarinos e de veículos remotamente controlados, as imagens apontam que os plásticos são uma constante mesmo nesses ecossistemas remotos.
Em 5.010 mergulhos feitos pelos submarinos, mais de 3 mil artefatos de origem humana — incluindo plástico, metal, borracha e equipamento de pesca — foram contabilizados. Mais de um terço desses resíduos era macro-plástico. Desse volume, 89% eram produtos descartáveis. Em regiões abaixo dos seis quilômetros de profundidade, mais da metade dos detritos era lixo plástico — quase todos eram itens de uso único.
O relatório alerta para a necessidade de transformar hábitos diários, cujas consequências incluem a poluição da natureza, mesmo quando essa natureza está bem distante das cadeias de produção e consumo de plástico.
Nas regiões abissais, o plástico pode perdurar por milhares de anos e ameaçar a vida marinha. Os ecossistemas das águas profundas são considerados altamente endêmicos, com espécies que são encontradas apenas nessas partes do mundo.
Segundo a ONU Meio Ambiente, há uma preocupação cada vez maior com o impacto da exploração de recursos biológicos e não biológicos sobre a flora e a fauna dessas zonas submersas. Práticas nocivas incluem a pesca de arrasto, a mineração e também atividades do setor de infraestrutura.
Para reduzir a poluição por plástico das fossas e fendas oceânicas, a solução é diminuir a produção desse tipo de resíduo. A agência das Nações Unidas defende o estabelecimento de uma rede de monitoramento global para compartilhar os dados limitados sobre a poluição plástica nessas regiões. Pesquisas de avaliação de impacto também devem ser prioridade para áreas ecológica e biologicamente importantes e que já têm altas concentrações de lixo plástico.
Outra medida é o uso de modelos de circulação oceânica para identificar como o plástico viaja da terra e da superfície para as regiões abissais.
Fonte: ONU-BR
Comentários
Postar um comentário